12 Apóstolos: como morreram os discípulos de Jesus

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Por João Paulo Andrade

Descubra como morreram os discípulos de Jesus: conheça a história real dos 12 apóstolos

Se você já teve curiosidade em saber como morreram os discípulos de Jesus, saiba que não está sozinha. É natural querer entender o que aconteceu com aqueles homens que caminharam tão de perto com o Mestre, que deixaram tudo pra segui-lo e foram testemunhas de coisas que mudaram o mundo.

A verdade é que nem todos os destinos estão na Bíblia, e alguns são mencionados nas Escrituras, mas muitos vieram até nós por meio da tradição cristã e de relatos antigos que foram sendo preservados ao decorrer dos séculos. São histórias fortes, algumas trágicas, outras inspiradoras, mas todas cheias de significado.

Neste post, quero te mostrar o que se sabe sobre a morte dos apóstolos, o que é confirmado pela Bíblia, o que vem da tradição, e por que essas histórias continuam nos ensinando tanto até hoje. Pode ter certeza: cada nome aqui carrega mais do que uma história que carrega um testemunho.

O que sabemos sobre a morte dos discípulos?

Como morreram os discípulos de Jesus e o que aconteceu com eles

Quando o assunto é como morreram os discípulos de Jesus, a gente precisa entender que nem todas as informações vêm da Bíblia. O Novo Testamento registra claramente o destino de alguns deles, mas a maioria das histórias chegou até nós por meio de tradições cristãs, escritos de líderes da igreja primitiva e relatos preservados ao longo dos séculos.

Essas tradições, mesmo não sendo parte do texto bíblico, foram levadas a sério por muitos cristãos ao longo da história. Elas mostram como os apóstolos, depois da ressurreição de Jesus, saíram pelo mundo anunciando o evangelho com coragem e entrega. E muitos pagaram com a própria vida por isso.

A pergunta sobre o que aconteceu com os 12 discípulos de Jesus é, na verdade, uma forma de olhar para o compromisso real que esses homens tinham com aquilo que acreditavam. Eles não seguiam uma ideia vazia, mas testemunharam algo tão transformador que foram até o fim por isso. Saber como morreram os discípulos de Jesus nos ajuda a valorizar ainda mais o que eles viveram, e o quanto estavam dispostos a dar tudo por amor a Cristo.

Mesmo com diferenças entre as fontes, uma coisa é certa: os discípulos não viveram vidas fáceis. Eles enfrentaram perseguições, prisões, rejeição, e mesmo assim permaneceram firmes. Cada história, seja bíblica ou transmitida pela tradição, carrega um lembrete importante: seguir Jesus tem um custo, mas também um propósito eterno.

destino dos 12 discípulos de Jesus

As histórias sobre como morreram os discípulos de Jesus são, ao mesmo tempo, impactantes e inspiradoras. Algumas mortes estão registradas na Bíblia, outras são contadas por tradições cristãs antigas, preservadas por líderes e historiadores da igreja. O que todas elas têm em comum é o testemunho de fé desses homens, que escolheram seguir Jesus até o fim.

Saiba como morreram os discípulos de Jesus e o que aconteceu com eles
Como morreram os discípulos de Jesus / Imagem: O Pregador de Cristo

1 – Pedro

Pedro é um dos discípulos mais conhecidos de Jesus, talvez o mais impulsivo e humano entre eles. Ele negou, chorou, foi restaurado e se tornou um dos pilares da igreja primitiva. Seu nome aparece com destaque nos evangelhos e no livro de Atos, onde vemos sua liderança no início da missão cristã.

Após a ressurreição de Jesus, Pedro foi profundamente transformado. De pescador impulsivo, se tornou um pregador ousado. Em Atos, ele é o primeiro a anunciar o evangelho em Jerusalém e o primeiro a pregar aos gentios. Seu papel foi tão central que, com o tempo, passou a ser reconhecido como uma figura de autoridade entre os apóstolos.

É curioso sobre como morreu o discípulo Pedro, a Bíblia não traz detalhes. No entanto, uma tradição muito antiga, amplamente aceita entre os cristãos primitivos, afirma que ele foi crucificado em Roma, durante a perseguição promovida pelo imperador Nero. O que torna essa história ainda mais marcante é o relato de que Pedro teria pedido para ser crucificado de cabeça para baixo, por não se achar digno de morrer da mesma forma que Jesus. Essa informação aparece em escritos como os de Orígenes e é preservada por Eusébio de Cesareia, um dos primeiros historiadores da igreja.

Mesmo que a Bíblia não registre sua morte, o impacto do ministério de Pedro é evidente. Ele viveu e morreu como um verdadeiro testemunho do evangelho, disposto a ir até as últimas consequências por amor a Cristo. Sua história nos lembra que Deus usa pessoas comuns, transforma corações frágeis e sustenta aqueles que decidem seguir com fé, mesmo diante da perseguição.

2 – Tiago (filho de Zebedeu)

Tiago, irmão de João, foi um dos primeiros discípulos chamados por Jesus. Ele fazia parte do círculo mais próximo do Mestre, junto com Pedro e seu irmão, e participou de momentos marcantes como a transfiguração e a agonia no Getsêmani. Sua trajetória mostra um homem intenso, corajoso e profundamente comprometido com o chamado que recebeu.

Entre os doze apóstolos, Tiago é o primeiro cuja morte é registrada na Bíblia. No livro de Atos, capítulo 12, lemos que ele foi morto à espada por ordem do rei Herodes Agripa I, numa tentativa de agradar os líderes judeus da época. Essa execução aconteceu provavelmente cerca de dez anos após a ressurreição de Jesus, e mostra como a perseguição à igreja começou muito cedo.

A morte de Tiago tem um peso simbólico. Ele foi um dos que desejou sentar-se ao lado de Jesus em Seu Reino e, ainda que talvez não tenha entendido o que isso significava na época, ele realmente foi o primeiro entre os apóstolos a beber o “cálice do sofrimento” de que Jesus havia falado. Sua fidelidade foi até o fim.

Tiago não deixou cartas ou relatos diretos, mas sua história fala alto. Ele foi um dos que testemunharam a glória de Cristo e, depois, confirmou essa fé com sua própria vida. Sua morte nos lembra que seguir Jesus é mais do que uma escolha religiosa, e é um caminho de entrega, muitas vezes marcado por oposição, mas sustentado por uma esperança que vai além da morte.

3 – João

João é conhecido como o discípulo amado, e sua trajetória é única entre os doze. Irmão de Tiago e também filho de Zebedeu, ele começou sua jornada como um jovem impulsivo, mas foi sendo moldado pela convivência com Jesus até se tornar o apóstolo que mais falou sobre amor e verdade nos escritos do Novo Testamento.

João esteve presente nos momentos mais marcantes da vida de Jesus. Ele viu a transfiguração, esteve ao pé da cruz quando quase todos os outros haviam fugido, e foi escolhido para cuidar de Maria, a mãe de Jesus. Mais tarde, ele se tornaria autor de cinco livros da Bíblia: o evangelho que leva seu nome, três cartas e o Apocalipse.

Entre os apóstolos, João é o único que, segundo a tradição, não morreu como mártir. Não porque sua fé tenha sido menos intensa, mas porque ele teria vivido até a velhice, mesmo enfrentando perseguições. A tradição cristã conta que ele foi exilado na ilha de Patmos, onde recebeu as visões que compõem o livro do Apocalipse. Depois, teria retornado a Éfeso, onde morreu de causas naturais, sendo o último dos doze a partir.

O fato de João ter vivido por mais tempo também é significativo. Ele viu gerações se formarem, enfrentou heresias que ameaçavam a fé da igreja e fortaleceu os cristãos com seus escritos cheios de verdade, firmeza e ternura. Seu legado é um testemunho de que a fé não se expressa apenas em atos heroicos de martírio, mas também em constância, sabedoria e amor perseverante.

Ao pensar em como morreram os discípulos de Jesus, João nos lembra que a entrega nem sempre termina em sangue, mas sempre envolve uma vida inteira consagrada ao propósito de Deus.

4 – André

André talvez não seja o nome mais lembrado quando se fala nos doze discípulos, mas sua história é especial. Ele foi um dos primeiros a seguir Jesus, e antes disso já era discípulo de João Batista. Foi André quem levou seu irmão Pedro até Jesus, o que mostra desde o início o seu papel como alguém que conecta pessoas ao Mestre.

Na Bíblia, André aparece em momentos pontuais, mas sempre com atitudes discretas e significativas. Ele é quem apresenta o menino dos cinco pães e dois peixes durante a multiplicação, e também é um dos que se aproximam de Jesus quando alguns gregos querem conhecê-Lo. Em tudo isso, vemos um perfil acolhedor, alguém que enxergava valor nas pessoas e sabia levá-las até Cristo.

Depois da ascensão de Jesus, a tradição conta que André dedicou sua vida à pregação do evangelho em regiões como a Grécia e a Ásia Menor. Segundo relatos antigos, ele foi martirizado na cidade de Patras. A forma da sua morte ficou conhecida por um detalhe marcante: dizem que ele foi crucificado numa cruz em forma de X, hoje chamada de “cruz de Santo André”. Ele teria pedido para não ser pregado numa cruz igual à de Jesus, por não se considerar digno.

Mesmo não sendo uma figura central nos evangelhos, André nos ensina algo precioso. Sua vida mostra que não é preciso estar nos holofotes para ser um instrumento de Deus. Ele agiu com simplicidade, mas com impacto eterno, levando pessoas a Cristo com humildade e dedicação.

Entre os relatos sobre como morreram os discípulos de Jesus, a história de André nos lembra que cada um deles entregou tudo por amor a Jesus, mesmo aqueles que caminharam de forma mais silenciosa.

5 – Filipe

Filipe foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus, e isso já diz muito sobre o coração que ele tinha. Ele era de Betsaida, a mesma cidade de Pedro e André, e logo no início mostrou que estava pronto para crer e compartilhar o que havia encontrado. Foi ele quem correu para contar a Natanael que havia encontrado o Messias, mesmo sem entender completamente o que tudo aquilo significava. Era alguém que, mesmo com dúvidas, já desejava apontar outros na direção certa.

Nos evangelhos, Filipe aparece em momentos que revelam seu lado mais humano. No momento em que Jesus está prestes a alimentar a multidão que estavam ali para ouvir, é a ele que o Mestre pergunta como poderiam comprar pão para tanta gente. Mais tarde, é Filipe quem pede: “Senhor, mostra-nos o Pai”, abrindo espaço para uma das respostas mais profundas de Jesus. Essas cenas mostram que ele era sincero, curioso e tinha sede de compreender mais.

A respeito de como morreu o discípulo Filipe, a Bíblia não traz informações diretas, mas a tradição cristã afirma que ele pregou o evangelho em lugares como a Frígia, região da atual Turquia, especialmente na cidade de Hierápolis. Ali, teria sido martirizado por sua fé. Alguns relatos dizem que ele foi crucificado de cabeça para baixo, outros falam em apedrejamento ou enforcamento. Apesar das diferentes versões, todas apontam para a mesma verdade: Filipe permaneceu fiel até o fim.

Mesmo sem estar entre os discípulos mais citados, Filipe nos ensina muito. Ele era alguém que fazia perguntas simples, mas tinha um coração disposto a aprender e a confiar. Sua vida é um lembrete de que a fé verdadeira não exige saber tudo, mas sim caminhar com sinceridade, mesmo quando nem todas as respostas aparecem de imediato.

Quando olhamos para como morreram os discípulos de Jesus, Filipe nos mostra que seguir a Cristo é um caminho de fé real, onde o mais importante não é ter todas as certezas, mas manter o coração voltado para a verdade.

6 – Bartolomeu

Bartolomeu é um daqueles discípulos que aparecem pouco nos evangelhos, mas que carregam uma história rica quando a gente vai além do texto bíblico. Muitos estudiosos acreditam que ele seja o mesmo Natanael, mencionado no evangelho de João. Ao encontrar-se com Jesus Cristo, sua fé foi imediata, sincera e pura.

Bartolomeu não tem falas longas nem grandes feitos registrados nas Escrituras, mas a tradição cristã preserva relatos sobre sua atuação missionária depois da ressurreição. Ele teria levado o evangelho a lugares como Índia, Armênia e Etiópia. Essas regiões distantes mostram o quanto os discípulos realmente se espalharam pelo mundo conhecido da época, enfrentando culturas diferentes, línguas novas e muitas vezes, resistência.

Sobre como morreu o discípulo Bartolomeu, os relatos antigos não são unânimes, mas têm algo em comum: todos apontam para um martírio violento. Uma das versões mais conhecidas diz que ele foi esfolado vivo e depois decapitado, enquanto pregava na Armênia. Outras tradições sugerem morte por crucificação ou apedrejamento. Seja qual for o detalhe exato, a mensagem central permanece: Bartolomeu não voltou atrás, mesmo diante da dor.

A vida de Bartolomeu nos lembra que nem sempre o discípulo mais conhecido é o mais influente. Ele não precisou de grandes discursos para viver um evangelho forte. Sua atitute em ir até os confins do mundo e a firmeza com que manteve sua fé, e até a morte mostram que há poder na constância, no serviço silencioso e na fidelidade longe dos holofotes.

Quando falamos como morreram os discípulos de Jesus, Bartolomeu é um exemplo de coragem e entrega em terras difíceis, com uma fé que não se calou, mesmo sob pressão extrema.

7 – Tomé

Tomé é, sem dúvida, um dos discípulos mais lembrados quando o assunto é dúvida e fé. Ele ficou conhecido por ter questionado a ressurreição de Jesus, dizendo que só acreditaria se visse e tocasse nas marcas dos cravos. Mas essa mesma honestidade abriu espaço para uma das declarações mais fortes do Novo Testamento: “Meu Senhor e meu Deus.” Com essa confissão, Tomé não apenas reconheceu quem Jesus era, mas reafirmou sua fé com uma intensidade admirável.

Apesar da fama de incrédulo, o que vemos em Tomé é alguém que amava profundamente o Mestre. Em um outro momento, quando Jesus resolve ir para a Judeia sabendo dos riscos e perigos, é Tomé quem diz aos outros: “Vamos também, para morrermos com Ele.” Isso mostra que, embora expressasse suas inseguranças, Tomé era leal e disposto a seguir Jesus até o fim.

Depois da ascensão, a tradição cristã afirma que Tomé levou o evangelho até a Índia, onde teria fundado comunidades cristãs que ainda existem hoje. Em Kerala, na região sul da Índia, preserva esse legado com respeito. Lá, ele teria enfrentado oposição religiosa e política, e, segundo os relatos antigos, foi morto a golpes de lança enquanto orava, permanecendo fiel até o último momento.

Saber como morreu o discípulo Tomé é entender que sua jornada foi marcada não só por perguntas, mas também por uma fé amadurecida. Ele começou buscando provas, mas terminou como um apóstolo que atravessou fronteiras para levar a mensagem do Cristo ressuscitado.

Tomé nos lembra que ter dúvidas não é o problema — o que conta é o que fazemos com elas. E ele escolheu continuar crendo, mesmo quando isso significou dar a própria vida.

8 – Mateus

Mateus talvez seja um dos discípulos com a transformação mais visível na Bíblia. Antes de seguir Jesus, ele era cobrador de impostos, uma profissão malvista, associada à exploração e ao serviço aos romanos. Quando Jesus chamou Mateus ali mesmo na coletoria, ficou claro que o evangelho não é pra quem já tá “certinho”, mas pra quem está disposto a virar a chave e começar de novo.

Depois do chamado, Mateus deixou tudo para trás. E não parou por aí. Ele foi o autor do primeiro evangelho do Novo Testamento, um texto riquíssimo, voltado especialmente para os judeus, mostrando Jesus como o cumprimento das promessas feitas no Antigo Testamento. Isso revela o quanto Mateus, que antes era excluído pelo seu povo, passou a amar profundamente suas raízes e usou sua voz para apontar Cristo como o Messias esperado.

A Bíblia não registra como morreu o discípulo Mateus, mas a tradição cristã conta que ele pregou em lugares como a Etiópia, Pérsia e Síria. Existem diferentes relatos sobre sua morte: alguns dizem que ele foi perfurado por uma espada, outros afirmam que foi queimado ou apedrejado. Ainda que os detalhes variem, o consenso é que ele morreu como mártir, sem renunciar à fé que o transformou.

A vida de Mateus prova que Deus pode alcançar qualquer pessoa, não importa onde ela esteja. Ele era visto como alguém desprezível pela sociedade, mas Jesus viu ali um coração pronto para mudar. E essa mudança foi tão profunda que o antigo cobrador de impostos se tornou evangelista e testemunha viva do amor e da verdade de Cristo.

No contexto de como morreram os discípulos de Jesus, Mateus representa aqueles que foram alcançados pela graça e, por gratidão, entregaram tudo até o fim.

9 – Tiago (filho de Alfeu)

Tiago, filho de Alfeu, é um dos discípulos mais discretos do grupo dos doze. A Bíblia menciona seu nome nas listas de apóstolos, mas não há muitos detalhes sobre sua vida, palavras ou ações. Justamente por isso, ele é muitas vezes confundido com outros “Tiagos” do Novo Testamento, como Tiago, irmão de João, e Tiago, irmão de Jesus. Mas cada um deles tem sua identidade e trajetória.

Apesar de pouco citado, Tiago, filho de Alfeu, seguiu Jesus desde o início e foi escolhido pelo próprio Mestre para fazer parte dos doze. Isso já mostra que, mesmo longe dos holofotes, ele tinha uma vida de discipulado fiel. Nem todos precisam ser protagonistas para viver com propósito no Reino de Deus.

Sobre o discípulo Tiago, a Bíblia não traz informações de como ele morreu, mas a tradição cristã oferece algumas possibilidades. Um dos relatos mais antigos afirma que ele foi martirizado em Jerusalém, apedrejado até a morte por causa de sua fé. Outros sugerem que ele teria sido crucificado no Egito enquanto pregava o evangelho por lá. Nenhuma dessas versões é totalmente confirmada, mas todas concordam num ponto essencial: Tiago foi fiel até o fim.

A história dele nos lembra algo importante. A gente costuma querer ser reconhecido pelas grandes conquistas, mas na jornada com Deus, aquela fidelidade quieta e constante também tem um valor eterno. Tiago nos inspira a viver com constância, mesmo quando nossa história não parece “grandiosa” aos olhos humanos.

No conjunto das histórias sobre como morreram os discípulos de Jesus, Tiago, filho de Alfeu, representa todos aqueles que seguem firmes, mesmo que sua voz não ecoe tanto. Porque, no fim, quem vê é Deus — e é dEle que vem o verdadeiro reconhecimento.

10 – Tadeu (também conhecido como Judas, filho de Tiago)

Tadeu é um dos apóstolos menos conhecidos entre os doze. Em algumas passagens, ele aparece como Judas, filho de Tiago, e para evitar confusão com Judas Iscariotes, muitos evangelhos e tradições o chamam de Tadeu. Apesar de sua pouca exposição nos textos bíblicos, ele foi chamado por Jesus e caminhou lado a lado com o Mestre durante toda a jornada.

O pouco que sabemos sobre ele na Bíblia mostra que, mesmo em meio aos nomes mais destacados, sempre houve espaço para discípulos mais reservados, mas igualmente importantes. Em uma das conversas com Jesus durante a última ceia, Tadeu faz uma pergunta direta e sincera, revelando seu desejo de entender mais profundamente quem era o Senhor. Isso mostra que ele não era passivo, mas interessado e presente.

A respeito de como morreu o discípulo Tadeu, os registros históricos não são claros, mas a tradição cristã indica que ele teria pregado o evangelho na Síria e na Pérsia. Nessas regiões, teria enfrentado forte oposição por causa da fé. Os relatos mais comuns afirmam que Tadeu foi morto de forma violenta, possivelmente com golpes de bastão ou machado. Há também quem diga que ele foi crucificado.

Mesmo com poucas informações, a vida de Tadeu nos ensina que não é preciso ser famoso ou ter holofotes para viver um chamado verdadeiro. Ele não deixou cartas nem evangelhos, mas sua entrega e coragem permaneceram na memória da igreja primitiva.

Dentro das histórias sobre como morreram os discípulos de Jesus, Tadeu representa todos aqueles que servem com firmeza, mesmo no anonimato. Pessoas que, longe dos grandes palcos, plantam sementes de fé que continuam dando frutos até hoje.

11 – Simão, o Zelote

Simão, o Zelote, é um dos nomes mais misteriosos da lista dos doze discípulos. O apelido “Zelote” provavelmente se refere ao movimento político-religioso ao qual ele pertencia antes de seguir Jesus. Os zelotes eram judeus extremamente nacionalistas, contrários ao domínio romano, e em alguns casos até militantes. Isso mostra que o grupo dos apóstolos era mesmo diverso, com pessoas de origens e temperamentos muito diferentes.

A Bíblia não registra falas de Simão nem grandes episódios envolvendo ele, mas o simples fato de Jesus tê-lo chamado já é significativo. Um ex-zelo pela revolução se transformou em zelo pelo Reino de Deus. A presença de Simão entre os doze também nos ensina que o evangelho é capaz de unir pessoas que, humanamente, jamais andariam juntas. Ele, um nacionalista radical, sentou-se à mesa com Mateus, um cobrador de impostos aliado aos romanos.

Sobre como morreu o discípulo Simão, os relatos variam bastante. Algumas tradições dizem que ele pregou na África, outras afirmam que ele atuou junto com Tadeu na Pérsia. A forma de sua morte também é incerta, mas muitas fontes antigas indicam que ele foi martirizado, possivelmente crucificado ou serrado ao meio, algo que, embora impressionante, não é incomum nos relatos sobre os primeiros mártires cristãos.

Simão, o Zelote, nos lembra que Deus chama pessoas com histórias difíceis, com passados marcantes, e transforma essas vidas para cumprir propósitos eternos. Ele pode ter sido um radical político no início, mas terminou como um homem radicalmente comprometido com o evangelho.

Na lista sobre como morreram os discípulos de Jesus, Simão mostra que o Reino de Deus não apaga nossa história, mas a redireciona para algo muito maior.

12 – Judas Iscariotes

Judas Iscariotes é, sem dúvida, o nome mais pesado entre os doze. Ele foi o discípulo que traiu Jesus, entregando-o às autoridades por trinta moedas de prata. Seu nome se tornou sinônimo de traição, e seu fim foi tão trágico quanto a sua escolha.

Judas andou ao lado de Jesus, ouviu todos os seus ensinamentos, testemunhou vários milagres e ainda mesmo assim escolheu seguir um caminho de engano. Existem muitas discussões sobre seus motivos, se foram financeiros, políticos ou até decepção pessoal. Mas o fato é que ele se distanciou da verdade e tomou decisões que o levaram a um desfecho doloroso.

A Bíblia registra que, após perceber a gravidade do que havia feito, Judas foi tomado pelo remorso. Ele até tentou devolver o dinheiro aos líderes religiosos, mas a culpa foi pesada demais. De acordo com o evangelho de Mateus, ele não suportou o remorso e acabou tirando a própria vida. Há também um relato diferente no livro de Atos, que descreve seu fim de forma mais simbólica e trágica, o que mostra que os primeiros cristãos tratavam sua morte com um misto de dor e lição espiritual.

Quando falamos sobre como morreram os discípulos de Jesus, a história de Judas é um contraste. Enquanto os outros foram até o fim por fidelidade ao evangelho, Judas terminou seu caminho afastado, consumido pela culpa. Ainda assim, sua história carrega um alerta: todos nós estamos sujeitos a escolhas que podem nos afastar do propósito de Deus, e por isso precisamos vigiar o coração constantemente.

A história de Judas nos ensina que caminhar ao lado de Jesus não significa, automaticamente, ter o coração realmente mudado. E que, quando caímos, a diferença está em como lidamos com o erro — se com arrependimento que leva à vida ou com culpa que nos afasta ainda mais da graça.

E o que tudo isso nos ensina?

12 Discípulos: como morreram os discípulos de Jesus
12 Discípulos: como morreram os discípulos de Jesus / Imagem: O Pregador de Cristo

Conhecer como morreram os discípulos de Jesus não é apenas mergulhar em fatos históricos ou curiosidades da fé cristã. É, acima de tudo, olhar para vidas reais, cheias de falhas e medos, mas também repletas de coragem, entrega e propósito. Cada um deles teve sua jornada, seu estilo, seu momento de dúvida e sua forma de servir. Mas todos, com exceção de Judas Iscariotes, seguiram até o fim confiando naquele que transformou suas vidas.

Esses homens não foram heróis perfeitos. Foram pescadores, cobradores de impostos, homens comuns. Mas se tornaram colunas do evangelho porque decidiram obedecer. E quando a gente lê sobre seus finais, cheios de dor, perseguição e renúncia, percebe o quanto eles acreditavam no que pregavam. Eles não morreram por uma ideia bonita, morreram por uma verdade que experimentaram de perto.

Que essa jornada pelos caminhos dos doze desperte algo no nosso coração também. Que a gente entenda que o chamado de Jesus continua valendo, e que seguir Seus passos ainda é o caminho mais transformador que alguém pode escolher. E que, mesmo em dias difíceis, a nossa fé seja marcada por entrega, como foi a deles.


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